quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Autopsicografia

    (Fernando Pessoa)

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Para as aprendizes da poesia da vida, Ilana e Andressa, com carinho!
E para todos aqueles apreciadores de uma boa poesia.

domingo, 26 de agosto de 2012

Eu ia lhe chamar!


                                                                    Assim vou lhe chamar!